domingo, 26 de abril de 2015

Governos

Governo Castello Branco (1964-1967)


   O General militar, Castello Branco, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República, em 15 de abril de 1964, ao começar o seu governo assume uma posição autoritária, contraditório com o seu pronunciamento, no qual declarou defender a democracia. Além de dissolver os partidos políticos, estabeleceu eleições indiretas. 

  Diversos parlamentares estaduais e federais tiveram seus mandatos cassados, os sindicatos receberam intervenção do governo militar, e os cidadãos tiverem os seus direitos constitucionais e políticos cancelados.
No seu governo, só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos ( bipartidarismo), o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). 
O primeiro era de oposição, e de certa forma controlado, o segundo representava os militares.
 Em janeiro de 1967, uma nova Constituição é estabelecida para o país, que confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.


Governo Costa e Silva (1967-1969)

  Arthur da Costa e Silva, assume a presidência em 1967, após eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. O seu governo é marcado por manifestações sociais e protestos, a oposição ao regime militar crescia no país. 
A UNE ( União Nacional dos Estudantes) realiza no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil, em Contagem ( Minas Gerais) e Osasco (São Paulo) os operários entraram em greve, paralisando as fábricas em protesto ao regime militar. Uma guerrilha urbana se organiza, formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam e sequestram embaixadores, para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
  O governo então, decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5), no dia 13 de dezembro de 1968. Este foi o mais duro do governo militar, aumentou a repressão militar e policia, aposentou juízes, cassou mandatos , e acabou com as garantias do habeas-corpus.


Governo da junta militar (31/08/1969 a 30/10/1969)

Costa e Silva adoece, e é substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).
Dois grupos de esquerda ( MR-8 e ALN) sequestram o embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, o ato teve sucesso. Porém , no dia 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional, que decretava pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, revolucionária, ou subversiva". No final do ano de 1969, o líder da ALN, é morto pelas forças de repressão em São Paulo.

Governo Médici (1969-1974)

Em 1969, a Junta Militar, elege um novo presidente, o general Emílio Garrastazu Médici. Este governo foi considerado o mais duro e repressivo do período, ficou conhecido como "Anos de chumbo". Uma severa política de censura e a repressão à luta armada é colocada em prática. Diversas formas de expressão artística são censuradas (jornais, livros, revistas, peças de teatros, filmes, músicas), muitos professores, músicos, políticos artistas e escritores foram investigados, presos, torturados e até mesmo exilados do país. o Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna, atuou como centro de investigação e repressão do governo militar.
A guerrilha do Araguaia (1975), foi uma das poucas atividades de oposição clandestina a resistir.


O Milagre Econômico 

De 1969 a 1973 na área econômica o país crescia rapidamente, este período ficou conhecido como a época do Milagre Econômico.
Enquanto a inflação beirava aos 18%, o PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% anualmente, com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou, gerou-se milhões de empregados, algumas obras consideradas faraônicas, foram executadas, como por exemplo, a Ponte Rio-Niterói e a Rodovia Transamazônica. 
Porém os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.



O Governo Geisel (1974-1979)

  O general Ernesto Geisel assume em 1974 a presidência, que começa com um processo lento de transição rumo à democracia, o seu governo coincide com a insatisfação popular em altas taxas e o fim do milagre econômico. A economia brasileira é interferida pela crise do petróleo, e a recessão mundial, no momento em que os empréstimos e créditos internacionais diminuem. 
Ernesto anunciou a abertura política lenta, gradual e segura, a oposição política começa a ganhar espaço. 
  O MDB ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades, através das eleições de 1974.
Os militares não estavam contentes com os caminhos do governo de Geisel, e começaram a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda.
  No ano de 1975, Vladimir Herzog, um jornalista, é assassinado nas dependências do DOI-Codi, em São Paulo, logo depois em janeiro de 1976, Manuel Fiel Filho, um operário, é encontrado morto em situação semelhante.
Em 1978, o presidente abre caminho para a democracia no Brasil, acabando com o Ato Institucional Número 5 e restaurando o habeas-corpus.

Governo Figueiredo (1979-1985)

O presidente Ernesto Geisel havia indicado para a sua sucessão, o candidato João Baptista Figueiredo, o mesmo obteve sucesso no pleito eleitoral, realizado de forma indireta. Ao ser eleito João Figueiredo, prometeu ao povo brasileiro promover o processo de democratização do país.
Ao iniciar o seu mandato o presidente se deparou com a situação econômica do Brasil um tanto delicada, passado o milagre econômica o país enfrentava as consequências de uma política de empréstimos.
O general Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil, para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. 
De maneira clandestina, os militares continuavam com suas repressões, cartas-bomba são colocadas em órgãos de imprensa e da Ordem de advogados do Brasil.
No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show de convenções no Rio Centro, embora nada tenha sido comprovado, é provável que tenha sido um atentado forjado por militares de linha dura.
No ano de 1979, o governo aprova a Lei que restabelece o pluripartidarismo no país, a ARENA passa a ser chamada de PDS, enquanto o MDB, passa a ser PMDB, outros partidos são criados, como por exemplo o PDT e PT.


Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já 

Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresentava diversos problemas, com o surgimento de novos partidos e  com o fortalecimento dos sindicatos, a oposição ganhava terreno. A inflação estava alta e a recessão também.
Em 1984, ocorre o movimento conhecido como Diretas Já, onde jogadores de futebol, artistas, políticos de oposição, e milhões de brasileiros participaram. O objetivo era à aprovação da Emenda Dante de Oliveira, que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano, contudo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados. No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheu o deputado Tancredo Neves, como novo presidente da República, ele fazia parte da Aliança Democrática ( grupo de oposição formado pelo PMDB e pela frente Liberal). Era o fim do regime militar.
Tancredo Neves, adoece antes de assumir e acaba falecendo, José Sarney ( vice-presidente) assume, em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil, que apaga todos os rastros d ditadura militar e estabelece princípios democráticos no país. 




Referência
http://www.suapesquisa.com/ditadura/
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/governo-de-joao-figueiredo/


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