domingo, 26 de abril de 2015

Censura

  No período houve a determinação da censura aos meios de comunicação, incluindo a editoração de revistas e livros, a produção cinematográfica e teatral, muitas músicas eram censuradas apenas pela forma em que eram nomeados, os programas da televisão não escaparam. Entre os diversos meios de comunicação que foram censurado, pode-se dizer que a música foi a que mais sofreu com isso, pelo fato de estar mais presente na vida das pessoas, e entrarem de forma despercebida no inconsciente dos cidadãos, por isso diversos compositores acabaram aprisionados e expatriados, muitas canções não eram se querem divulgadas.
  A Música Popular Brasileira era tratada como um "perigo" para o Estado, de acordo com o governo da época, elas eram ofensivas ás leis, aos costumes e a moral. De 1968 a 1978 ( quando estava em vigor o AI-5) a censura reprimiu mais de seiscentos filmes, a editoração de vários livros, diversas músicas, quinhentas peças teatrais, e incluiu na carreira escolar das crianças assuntos "essenciais".



A canção " Para não dizer que não falei das flores"  composta por Geraldo Vandré, ficou conhecida entre os manifestantes:


Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantado e seguindo a canção
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição:
De morrer pela pátria e viver sem razão
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer
Então, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora e não espera acontecer.


A imagem abaixo, retrata a enorme repressão que os cidadãos possuíam, ao criarem produções artísticas e cultural  




Referência bibliográfica 
http://www.infoescola.com/historia/censura-no-periodo-da-ditadura/





Nenhum comentário:

Postar um comentário